sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Era amor...
Continua sendo
E assim o será
Até que o verbo não se possa mais conjugar
Ser, ter?
O que é amar?
Talvez seja quando o sentimento não cabe no peito
E transborda em tela
Não mais de arte...
Ah, essas modernidades!
Nunca se sabe.
Imagem: Susan Black
Edição de imagem: Dany WR
#Libertária.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Passado reticente
Não adiantava tentar se
encontrar nas letras de uma história esquecida,
na sombra de um
peregrino sem rumo.
Não valia o tempo, tão
efêmero, tão breve!
Muito menos o
sentimento,
tão sincero e dispensado
a poucos.
Era tudo tão
distante...
E assim foi se
afastando mais, e mais.
A vida lhe ensinou que
não se devia arrombar a porta de quem se esconde atrás de armaduras. E sob a
soleira apenas uma palavra, escrita em letras colossais: LIBERDADE!
- Bonito.
Ah, medo egóico,
achando-se superior a todos os outros.
Difícil era
compreender, fácil demais julgar.
E foi assim que, logo
de início, a trama se viu sem enredo, sem final, sem nada.
O clímax foi o próprio
silêncio – significativo, embora semanticamente plural.
Quem diabo se
arriscaria a dar palpite algum sobre... sobre o quê mesmo?
Ela fingia esquecer tão
bem que, às vezes, em dias comuns, chegava mesmo a acreditar em sua fiel
inverdade.
Fiel sim, à sua
infelicidade. E era tanta negação e descrença...
- Uma hora passa!
Era de amor que eu
falava
Mas ele nem quis ouvir.
E o desfecho?
Este coube somente às
reticências...
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
A vadia da rua de baixo
Fala alto, ri alto
Se doa por inteiro
Dá a quem quiser
Aquela vadia
Mulher minha e de quem
mais vier
Mora na rua de baixo de
uma cidadela esquecida
Não tem nome nem
coração
É toda feita pro pecado
E meu único desejo é
possuí-la
Ter em meu poder
Estar de posse de...
Pouco importa a
definição
Dane-se a linguística!
Depois de estar nos
braços da morena bonita
Todo o resto é
desilusão.
FIM.
É esse barulho do nada que me inquieta a alma
Esse silêncio de mil vozes gritando, desesperadas!
É o fim que me beija o rosto
É a morte que sorri
E o destino que me mostra, enfim, que não somos nada.
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