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sábado, 19 de maio de 2012

(Relato [antigo] e desnecessário aos leitores)


O que aprendi com um dia de aula no mestrado...

Em cinco horas em salas de aula de uma pós-graduação eu descobri que os sábios se permitem mudar de opinião, se auto confessar equivocados diante de ideias antes proferidas com fervor e uma quase certeza “insuportável de tão certa”. Percebi que aquela infinidade de cópias tiradas na graduação pouco serviu. Líamos um terço de um livro e fingíamos conhecer a totalidade do conhecimento. 

Senti-me pequena diante de tanta sabedoria, mas com um desejo de crescer com a leitura, com o esforço e a dedicação que serão tão necessários daqui por diante. 

Estou tentando aceitar que o medo de falar em público terá que ser superado o mais rápido possível (coisa bem complicada e sem espaço para cursos de oratória no último minuto do segundo tempo). É amiga, se vira nos trinta!

Sinto minha opinião um pouco desnecessária, e que só a leitura vai me dar a segurança que tanto preciso. É isso, coisa para poucas linhas, afinal, foi só um simples dia de muitos que virão. Estou ansiosa, como sempre!

P.S.: Agora, três meses depois desse relato que eu nem ia divulgar, nem queiram saber o quanto eu aprendi, e não estou falando de teoria, da prática mesmo: burocrática, generalista, antipática. 

Às voltas!


 Chega um dia que você aprende a julgar menos certos atos que em outros tempos você não pensava duas vezes antes de condenar.

Existem certos momentos que você aprende o valor de uma pessoa mais velha, o significado de um último beijo em alguém que você daria um pedaço de si para que vivesse só um pouquinho mais.

Com o tempo você aprende a diferença entre alguém que coloca os problemas no bolso e corre para solucionar os teus e uma pessoa que apenas está de bom humor em um determinado dia, e resolve te ajudar.

O tempo, esse menino travesso, pintado por tantos artistas, recitado por tantos poetas, e ainda indecifrável! Ah tempo, se você é mesmo cíclico, falta muito para chegar naquele instante no qual eu pensei que havia felicidade nesses recantos sombrios?

Eu nem sei, nessas noites silenciosas essas vozes gritam tão alto! Queria eu encontrar algum sentido para tantos devaneios, tantas memórias, tantos sonhos modificados... a estrada vai ficando longa, o caminho sem volta, os passos perdidos e a morte próxima.

Sem mais.